Eu é que sei que pensamentos tenho a respeito de vocês, diz o Senhor . São pensamentos de paz e não de mal, para dar-lhes um futuro e uma esperança. Então vocês me invocarão, se aproximarão de mim em oração, e eu os ouvirei. Vocês me buscarão e me acharão quando me buscarem de todo o coração. (Jeremias 29:11-13)
Estes versículos são trechos da carta enviada pelo profeta Jeremias aos cativos na Babilônia. Jeremias diz ao povo para crescerem mesmo em meio ao cativeiro, porque essa era a vontade de Deus. E também os advertiu: Não se deixem enganar pelos profetas e adivinhos que vivem no meio de vocês. Não deem ouvidos aos sonhadores, que sempre sonham segundo o desejo de vocês. Porque eles profetizam falsamente em meu nome; eu não os enviei", diz o Senhor. (Jeremias 29:8,9)
Por mais clara que a vontade de Deus pareça, sempre será complexa a sua execução. E viver o melhor de Deus passa pela complexidade de sua vontade, em que muitas das vezes vai em oposição às nossas expectativas.
Eu sei que
É uma simples expressão que Deus utiliza para mostrar aos cativos na Babilônia que tudo estava sob a sua vontade. Para o povo o melhor seria o agir divino em favor da libertação de todos, mas Deus ainda permitiu que esse cativeiro tivesse a duração de setenta anos.
Parece atordoador ler estas palavras através da carta enviada por Jeremias, mas o que foi feito pelos falsos profetas ao povo era ainda pior. Enganavam os seus corações com palavras de esperança que não foram transmitidas da parte de Deus, quando na verdade a vontade era que eles continuassem ali por sete décadas.
O que causa frustrações em nosso coração não é a vontade de Deus, até porque esta é muito clara, mas as expectativas que geramos em nosso coração que não são compatíveis com essa vontade. O povo queria ser liberto, porém esse ainda não era o desejo de Deus para aquele exato momento.
Você pode estar se perguntando: Deus queria que o povo ainda vivesse o exílio? Sim, essa é a mais real resposta para este questionamento. Mas o foco aqui não é o querer e sim o porquê! Deus queria mostrar ao povo que os seus maus caminhos resultaram em sua ida cativos a Babilônia.
Um futuro e uma esperança
A palavra de Deus nunca é ambígua, não há duplo sentido no que Ele quer! No texto fica bem claro através das palavras do profeta: “Eu é que sei que pensamentos tenho a respeito de vocês…” Há uma clareza enorme nesse trecho! Fica explícito ao povo que não eram os falsos profetas que tinham a capacidade de saber quais eram as verdadeiras intenções de Deus a respeito dos cativos.
Por mais que eles fossem permanecer por setentas anos na Babilônia, não era a vontade de Deus que eles vivessem como um povo derrotado: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os exilados que eu deportei de Jerusalém para a Babilônia: "Construam casas e morem nelas; plantem pomares e comam o seu fruto. Casem e tenham filhos e filhas; escolham esposas para os filhos de vocês e deem as suas filhas em casamento, para que tenham filhos e filhas. Aumentem em número e não diminuam aí na Babilônia! Procurem a paz da cidade para onde eu os deportei e orem por ela ao Senhor ; porque na sua paz vocês terão paz. (Jeremias 29:4-7)
A promessa é que eles teriam um futuro e uma esperança durante o período de cativeiro. Futuro em sua etimologia é a condição do que ainda vai ser, ou seja, o que ainda estava para acontecer era o retorno dos cativos à sua terra natal. Esperança em sua etimologia é a confiança em algo positivo, ou seja, Deus era suficientemente poderoso para que todo o povo confiasse em sua palavra. Observe bem que ambos estão no singular, era só um futuro e somente uma esperança! Deus disse que após setenta anos de cativeiro o povo retornaria para a sua terra, isso era o futuro definido. Deus é tão poderoso em essência, que sua promessa era suficiente para que todos criassem esperança em seu coração.
Deus tem um futuro para você e é necessário que você caminhe sobre esse propósito. E, ao mesmo tempo, Ele é tão poderoso ao ponto de ser a sua única esperança. A palavra é bem clara: Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. (Mateus 24:35) O melhor de Deus para sua vida já está definido, porém pode não ser o que você acha que é. Entenda o propósito para que você possa viver plenamente o melhor de Deus!
Invocar, aproximar e ser ouvido
Disse anteriormente que andar por maus caminhos foi o motivo para que o castigo divino recaísse sobre o povo e esse castigo foi na forma de cativeiro! Todas as vezes que a nação se distanciava de Deus vinha sobre eles o juízo divino, a fim de que eles se arrependerem e voltarem a presença do criador.
Tudo no reino de Deus passa pelo íntimo relacionamento com Ele. Deus não quer somente presentear os seus filhos, porém estar próximo em cada momento vivido. Isso é uma chave para viver o melhor da parte de Deus.
Invocar é clamar pedindo por socorro, e nunca vi alguém clamar por socorro com voz baixa. Quando invocamos atraímos a presença de Deus para próximo através do Espírito Santo e todo nosso clamor é ouvido por Ele. E porque o ato de invocar atrai tão poderosamente a presença de Deus? Pedir socorro é o resultado de já estar entregue a uma circunstância de perigo iminente, é um clamor que vem do fundo da alma e se expressa através de um grito desesperado. E essa é a receita exata para que possamos encontrar a Deus, um clamor que venha do fundo da nossa alma.
Vivendo o melhor
O primeiro passo para isso é entender o propósito. Não tem como estar longe do propósito e querer usufruir o melhor dele. Quando estamos longe do propósito também estamos longe de Deus.
Se você está longe de Deus e do propósito te cabe cumprir o segundo passo: invocar o Senhor em oração. Assim você atrairá a sua presença para perto novamente e toda atmosfera da sua vida irá mudar.
Muitas vezes não vivemos o melhor de Deus porque estamos contestando o que fomos chamados para fazer. Ele não está interessado na sua contestação até porque vale mais a obediência do que o sacrifício, e a obediência nos garante todas as sortes de benção da parte de Deus. Pare de desviar do seu chamado, pare de inventar desculpas para Deus e veja a transformação de toda a realidade em que você está vivendo.
Entenda que na maioria das vezes o melhor de Deus se trata do que realmente precisamos e não do que estamos querendo. O pai sabe o momento exato de dar o que o filho pede, porém entre essa espera o filho recebe do pai o que realmente é necessário para o seu crescimento. Deus não quer filhos mimados, mas filhos amadurecidos em sua presença e para filhos maduros sempre há o melhor da mesa!
Se aproxime do Pai e amadureça na fé de forma que você viva em plenitude o seu propósito, só assim você conseguirá viver o melhor de Deus plena e abundantemente.
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